Está cada vez mais difícil encontrar um brinquedo que agrade nossos filhos ou netos.
Eles já não têm interesse por coisas simples como brincar ao ar livre, com brinquedos mais criativos e menos comerciais.
Quando ainda são pequenos, é mais fácil encontrar alguma coisa que gostem, carrinhos, bonecas, recortes para vestir bonecas de papel, pernas de pau, pipas; mas quando vão crescendo....
O que fazer?...
Não tem escolha caímos de cabeça em jogos eletrônicos, pois os pequenos já nascem com um computador perto dos olhos e é impossível negar a tecnologia.
Ainda bem que as escolas promovem atividades extraclasse como xadrez, futebol, pois do contrário, jamais fariam essas atividades em casa.
O que fazer? Comprar algo que vai fatalmente ficar esquecido em alguma prateleira junto com milhares de brinquedos ganhos em outras tantas ocasiões ou sucumbir aos eletrônicos?
Claro! Queremos agradar então, lá vai um jogo eletrônico!
O difícil mesmo é encontrar algum que eles ainda não tenham, pois os pais, diferentemente dos pais dos nossos tempos, compram tudo que os pequenos querem.
Parece que o amor só pode ser obtido com presentes?... Tão diferente dos tempos passados.
As crianças do meu tempo eram crianças, os pais se mantinham na posição de pais, a distância era imensa.. Hoje os pais são mais próximos, mas extremamente inseguros quanto à qualidade de seu amor.
Filho gosta da presença, do afeto, a qualidade do estar junto é que conta. Na casa dos avós, não existe esse mundo de opções e eles adoram ficar lá, porque avô é só afeto.
Acho que o que nós avós temos que dar mesmo é nosso tempo, nosso carinho, nosso bolo favorito, o chocolatinho que nunca nos esquecemos de comprar para agradar, só assim criamos boas lembranças, essas sim, nunca ficarão escondidas no meio de tantos brinquedos.
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