sábado, 28 de abril de 2012

Imagens fresquinhas vindas do Sétimo Encontro das Amigas Arteiras de Curitiba e Sta. Catarina Como sempre reencontrar pessoas especiais como estas meninas é uma delicia! Voltamos pra casa revigoradas, cheias de novidades, idéias e presentinhos bárbaros. Tive o prazer de conhecer novas amigas das quais posto as fotos, mas ainda não sei os nomes, inclusive a minha amiga secreta. “Amigos são pessoas que nos fazem sentir felizes e... principalmente amados” Beijos a todas as meninas! E um excelente fim de semana para todos os seguidores do blog.

terça-feira, 24 de abril de 2012

OS TESOUROS DA MINHA CASA

A casa onde moro é a casa que era dos meus avós paternos e que hoje ficou para mim como herança. Meu pai quis dividir seus bens em vida e queria colocá-los todos em nome de seus quatro filhos (eu e meus irmãos); mas... sabedores de meu afeto por esta casa, meus irmão decidiram abrir mão de suas partes e me deram a casa como herança. Vim morar aqui numa fase muito difícil, estava saindo de uma depressão profunda e de problemas graves de saúde que me afastaram do trabalho definitivamente. Fui aposentada por invalidez. Foi uma época horrível, muitas dores, muito remédio mal parava em pé. Graças a meu marido especialmente, que largou tudo para cuidar de mim, e nunca me abandonou nem por um segundo, pois tinha medo do que poderia acontecer se eu ficasse só. Ele me carregava, meio arrastada, para todo lugar que precisava ir. Eu com síndrome do pânico tinha horror a lugares onde estivessem mais de duas pessoas (sem exageros), ia com ele, mas não entrava, ficava fechada no carro, com as portas e vidro trancados, como numa bolha protetora até ele voltar. Mas.... Esses tempos já passaram, e graças a Deus, me recuperei bem da depressão. Hoje mesmo fui a minha psiquiatra que vai tirar um dos meus dois remédios de uso contínuo, UMA VITÓRIA! O que eu quero dividir com vocês é que, a partir no momento em que melhorei, fui descobrindo tesouros nesta casa. O mais recente foi um velho dedal que pertenceu a minha avó Euterpe. Estava feinho, oxidado, mas eu quis dar-lhe nova vida fazendo um pendente para minha sobrinha Heloisa que estava participando a Terceira Semana de Moda de Curitiba. Poli o dedal, que ficou quase novo, preenchi seu interior com Durepox, fiz um fuxiquinho de veludo preto e espetei nele alguns alfinetes coloridos. Foi um sucesso, na mesma hora ela tirou a jóia que usava e colocou meu singelo presente em seu lindo pescoço. Acho que minha avó de onde quer que ela esteja, deve ter se orgulhado do trabalho da bisneta com o desfile e do meu, com uma homenagem a Heloisa e a ela Euterpe, que nos deixou este pequeno presente que eu transformei num relicário em sua homenagem. Agora divido com vocês o meu feito e um pouco do que vai em meu coração cheio de gratidão pela família que tenho e principalmente ao meu querido Jerlei que sempre está a meu lado.

domingo, 22 de abril de 2012

Terceira Semana de Moda de Curitiba

Heloisa e Lisandre Bebik e a Terceira Semana de Moda de Curitiba QUEM PUXA AOS SEUS NÃO DEJENERA, já dizia a minha avó Euterpe Macedo de Paula Xavier Tavares. E realmente, ontem num magnífico desfile (o primeiro da minha sobrinha Heloisa e sua mãe dedicada Lisandre Tavares Bebik, (costureira de mão cheia e arquiteta das melhores), cujo tema era "Alice no País das Maravilhas", pudemos confirmar o velho ditado da minha avó. Os desenhos primorosos da Heloisa transformando-se, pelas mãos habilidosas de sua mãe, na primeira experiência de trabalho de moda da Heloisa, que faz curso de Moda na Faculdade Positivo, e realmente a hereditariedade é realmente “forte”. Minhas avós tanto paterna como maternas foram mulheres a frente do seu tempo, Euterpe contrariando a idéia dominante na época 1902 foi fazer o curso de magistério, numa época que poucas mulheres se aventuravam a estudar e trabalhar fora. Foi professora de artes no Grupo Escolar Xavier da Silva em Curitiba, onde se aposentou na função de professora, além de ajudar meu avô a manter a casa nos tempos difíceis que passaram durante o governo de Getúlio Vargas, onde meu avô foi mandado para um campo de concentração no interior do Estado por discordar das opiniões do então Presidente da República. Minha avó então manteve a família sendo professora. Minha outra avó Antonia, filha de imigrantes alemães, também foi uma grande mulher da qual herdamos o tino empreendedor, costurava para a família, fazia lustres de papel de seda para vender, aplicava injeções da moderna Penicilina que surgia na época e que muito poucas pessoas atreviam-se a aplicar, além de ajudar meu avô a fabricar o “gasogênio”, equipamento criado na época da segunda guerra mundial para substituir a gasolina que era importada. Funcionava a base de carvão vegetal e necessitava de um filtro de tecido, que minha avó fazia. Era uma mulher fenomenal, dela as filhas herdaram o gosto pela costura e pelos trabalhos manuais e culinários primorosos. Olhava um tecido e já visualizada o vestido pronto, e era infalível, ficava lindo mesmo, a ponto de toda a vizinhança quer copiar o modelo. Minha mãe Zuleika, fez curso profissionalizante de costura e bordado e buscando sempre a perfeição não se contentou com um único curso. Vindo morar em Curitiba fez novo curso de corte e costura a que finalmente deu-se por satisfeita e passou a praticar em lindos vestidos que fazia para nós, suas três filhas Vanessa, Licia e Lisandre, que hoje introduz Heloisa na arte que sempre esteve presente em nossa Família. O trabalho das duas, Filha e Mãe foi magnífico como nostram as fotos tiradas muito caseiramente durante o evento de ontem à noite no Museu de Arte Moderna de Curitiba. Enfim, como disse a professora da Heloisa “somos pessoas felizes” trabalhamos com arte e beleza no intuito de transformar o mundo em um lugar melhor.